sábado, 24 de outubro de 2009

Maria e a Reforma protestante




Compartilhamos um belíssimo texto escrito em favor de nossa Mãe Santíssima, neste mês dedicado ao rosário e às missões. (Lafaete e Maria).


(Por Giselle Maia - giselle.cfn.blog.br)
Recebo com certa freqüência comentários de nossos irmãos “evangélicos” com questionamentos sobre nosso amor a Virgem Maria, sobre a virgindade da mesma, com ofensas a nossa fé e a nossa Igreja, desta vez coloco aqui textos escritos não por católicos, mas pelos principais fundadores das Igrejas Protestantes, sobre o que eles pregavam sobre Maria.
Peço aos irmãos Católicos que passem esta mensagem para um maior número possível de pessoas… do mesmo modo peço aos irmãos ditos evangélicos que leiam e entendam um pouquinho mais sobre o que professavam os fundadores das principais “Igrejas Evangélicas” e o que de fato afirma a tão exaltada Reforma Protestante a respeito de Maria Santíssima.
Cada um é livre para seguir o seu caminho, mas antes de ofendermos e insultarmos a fé e a religião do próximo seria bom conhecer a sua própria religião, para não entrar em contradição consigo próprio.

MARIA NA REFORMA PROTESTANTE

Por Jaime Francisco de Moura Fonte: Escola Matter Eclessiae

No século XVI surge a Reforma Protestante. Os Reformadores conservaram muitos pontos da tradição Mariana; pontos que as gerações seguintes foram pondo de lado.
Lutero, por exemplo, não negou a virgindade perpétua de Maria, mas julgava que ninguém está obrigado a aceitá-la como artigo de fé. Não hesitava em dizer que a expressão: “irmãos de Jesus” deve ser entendida no sentido semita; este atribuía a irmãos o significado de “parente, familiar”; para o confirmar, Lutero apelava para a significação ampla da palavra grega adelphoi na tradução dos LXX.
Lutero também admitia a imaculada conceição de Maria, devida à prévia aplicação dos méritos de Cristo. Quanto a Assunção corporal, o reformador não ousava professá-la explicitamente, mas não excluía que o corpo de Maria tenha sido levado pelos anjos dos céus. No calendário Luterano ficaram três festas Marianas, que têm base no Novo Testamento e estão muito ligadas a Cristo: a Anunciação ou festa da Encarnação, a Visitação de Maria a Isabel ou festa da vinda de Cristo, e a Purificação de Maria aos quarenta dias após o parto, também tida como festa da Apresentação de Jesus no Templo.
Calvino, em alguns aspectos, foi mais radical. Suprimiu as festas Marianas, aceita o título “Mãe de Deus” definido pelo Concílio de Éfeso em 431 mas prefere a expressão “Mãe de Cristo”. Sustenta a perpétua virgindade de Maria, afirmando que “os irmãos de Jesus” citados em (Mateus 13,55) não são filhos de Maria, e sim parentes. Professar o contrário, segundo Calvino, significa “ignorância”, louca sutileza e “abuso da Sagrada Escritura”.
Zuínglio, o reformador em Zurich, conservou três festas Marianas e a recitação da Ave Maria durante o culto sagrado.
É interessante notar que Lutero, Calvino e Zuínglio, autores da Reforma protestante no século XVI, deixaram belas expressões de estima e louvor a Maria Santíssima.
Martinho Lutero em seu comentário sobre o Magnificat (Lucas 1,46-55) escreve:
“Ó bem-aventurada Mãe, Virgem digníssima, recorda-te de nós e obtém que também em nós o Senhor faça essas grandes coisas”.
Ao referir-se a (Mateus 1,25) observa:
“Destas palavras não se pode concluir que, após o parto, Maria tenha tido consórcio conjugal. Não se deve crer nem dizer isto”(Obras de Lutero, edição Weimar, tomo 11 pg 323).
Disse ainda:
“Os irmãos de Jesus, mencionados no Evangelho, são parentes do Senhor” (Edição Weimar, tomo 46 pg 723, Tischreden 5, nº 5839).
O Reformador prometia cem moedas de ouro a quem lhe provasse que a palavra almah em (Isaías 7,14) não significa virgem (Edição Weimar, tomo 53, pg 640)
No fim de sua vida, aos 17/01/1546, Lutero exclamou num sermão muito agitado:
“Não se deve adorar somente a Cristo” Mas não se deve honrar também a Santa Mãe de Deus” Esta é a mulher que esmagou a cabeça da serpente. Ouve-nos, pois o Filho te honra; Ele nada te nega.”
Vê-se que até os últimos dias Lutero guardou devoção à Maria.
No tocante às imagens, Lutero não as proibia; afirmava que as proibições feitas no Antigo Testamento não afetavam os Cristãos ( Edição Weimar, tomo 7 pg 440-445). Considerava as imagens como a Bíblia dos pobres e iletrados.
Sobre a virgindade de Maria
Os Artigos da “doutrina Cristã” elaborados por Lutero em 1537 professam:
“O Filho de Deus faz-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, Santa e sempre virgem.”
Calvino publicou em 1542 o “Catecismo da Igreja de Genebra”, onde se lê:
“O Filho de Deus foi formado no seio da Virgem Maria…Isto aconteceu por ação milagrosa do Espírito Santo sem consórcio de vara”.
Zwingli por sua vez, escreveu:
”Firmemente creio, segundo as palavras do Evangelho, que Maria, como virgem pura, nos gerou o Filho de Deus e que no parto e após o parto permaneceu para sempre virgem pura e íntegra”(Corpus Reformatorum: Zwingli Opera 1 424).
Declarou ainda:
“Estimo grandemente a Mãe de Deus, a virgem Maria perpetuamente casta e imaculada” (ZO 2,189).
Os “irmãos do Senhor” eram, para Zwínglio, “os amigos do Senhor” (ZO 1,401).
Podemos observar que até mesmo o Corão de Maomé, que reproduz certas proposições do Cristianismo, professa a virgindade de Maria (cf. Sura 19).
Outras palavras dos Reformadores
Amman, discípulo e contemporâneo de Zwínglio, declarou:
“Maria foi preservada de toda mancha e culpa do pecado original, do pecado mortal e do pecado atual”.
Heinrich Bullinger, sucessor de Zwínglio, testemunhou:
“Cremos que o corpo puríssimo da Virgem Maria, Mãe de Deus e templo do Espírito Santo…foi levado pelos anjos ao céu”.
Lutero escreveu:
“Não há honra, nem beatitude, que sequer se aproxime por sua elevação da incomparável prerrogativa superior a todas as outras, de ser a única pessoa humana que teve um filho em comum com o Pai Celeste”. (Deustsche Schriften, 14,250).
Calvino escreveu:
“Não podemos reconhecer as bençãos que nos trouxe Jesus, sem reconhecer ao mesmo tempo quão imensamente Deus honrou e enriqueceu Maria, ao escolhê-la para ser mãe de Deus”.(Comm.Sur I`harm.Evang.20)
Zwínglio:
“Quanto mais crescem a honra e o amor de Cristo entre os homens, tanto mais crescem também a estima e a honra de Maria, que gerou para nós um tão grande e propício Senhor e Redentor”(ZO 1,427s).
Conclusão :
Como se vê, os mestres da Reforma foram muito mais fiéis a Maria do que seus discípulos. Estes testemunhos, aos quais outros se poderiam acrescentar, dão suficientemente a ver como a crença em Maria ocupa lugar eminente no conjunto das verdades que a fé cristã sempre professou.
A beleza da Igreja Católica Apostólica Romana é que ela não se divide, não se contradiz, se mantém e se manterá fiel e firme até o fim à única doutrina e verdadeira doutrina deixada por Nosso Senhor Jesus Cristo e passada aos apóstolos ao longo dos séculos. A Igreja sem a qual jamais, nem católicos nem protestantes teríamos acesso a Bíblia Sagrada.
Não adoramos imagens! Não adoramos a Virgem Maria, nem aos santos! Amamos e veneramos a Santa Mãe de Deus.
Caminharemos sempre de mãos dadas a Maria Santíssima por que ela foi a primeira a fazer completamente a vontade do Pai, porque sendo ela a “Cheia de Graça” (Lucas 1,28) carrega consigo as graças que o Próprio Deus a concedeu.
Caminhamos com Maria porque nela o Verbo se fez carne e habitou entre nós.Caminhamos com Maria porque o caminho que ela nos aponta é Jesus, seu Filho Amado.Caminhamos com Maria porque ela nos fala o tempo todo:
“Fazei o que ele vos disser.”(João 2,5)
Caminhamos com Maria porque Cristo na sua dolorosa Paixão nos deu sua própria Mãe para que a amássemos e para que por ela fôssemos cuidados.
Caminhamos com Maria e temos a certeza que com ela estamos com Jesus.
Caminhamos com Maria porque Deus a escolheu para cuidar de seu Filho Jesus Cristo e de nós também. É a melhor mãe que existe!
Onde a divisões certamente o Senhor não estará presente. Sou feliz por fazer parte da Verdadeira Igreja de CRISTO a igreja que tem uma Mãe, a Mãe do próprio Cristo Jesus!
Espero que tenham entendido!
Um abraço Fraterno. A Paz de Cristo e o Amor de Maria.
Giselle Maia

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